Como ya anunciamos anteriormente, se ha celebrado durante los días 24 y 25 de marzo un encuentro de titiriteros de Portugal especialistas todos ellos en el Dom Roberto. El personaje sigue, pues, más vivo que nunca. ¡Qué diferencia respecto a los años setenta, cuando el último practicante, Antonio Dias, tuvo que ser socorrido por algunas almas sensibles y muy en especial por Joao Paulo Cardoso, quién aprendió con él y rescató del olvido una tradición que parecía destinada a desaparecer!
Habrá tiempo para hablar de este fenómeno emergente, que no sólo ocurre en Portugal con el Dom Roberto, sino que también lo vemos en el Punch and Judy inglés (este mayo va a celebrarse su 350 aniversario con gran pompa en Londres), en el Pulcinella napolitano (con cada día más titiriteros representándolo) o en el mismo Guignol lionés.
Margarida Sousa Almeida, poetisa y titiritera, nos ha enviado el siguiente texto, inspirado y festivo, en el que da rienda suelta a su entusiasmo tras haber acudido al encuentro de Montemor.
Onde estão as marionetas? Perguntei eu à chegada a Montemor. Toda a gente sabia, que tinha passado na Radio: é no Mercado: é já ali… Ainda eu estava no carro às voltas e já os ouvia: ‘Ora Toma! Toma! Toma’!
Às bancadas cheias de legumes, frutas e mel, ramos de louro e alhos-porros juntavam-se os retábulos de chita, teatros em miniatura onde os artistas, os cenários e toda a espécie de artefactos se aconchegavam como sardinhas em lata numa aparente desordem… só uma pessoa sabia o lugar de cada coisa, desde o apito à vassoura, do cajado à vela…
Essa pessoa É um ser mágico. Assim à vista desarmada até parece igual a tantos outros, mas não é: ele fala a língua mítica dos Robertos, empresta-lhes a sua voz. E sabem o que acontece? Já ouviram o Polichinelo? Pois é tal e qual, só que em bom Português: ouve-se a légua porque eles carregam à farta nos erres e riem-se à brava!
Ah pois é… e que marotos, que traquinas, que tropelias inventaram…nem vos conto, aquilo só vendo! As crianças riam-se à gargalhada e a Alegria Pura abençoava o lugar.
Este ano o 4º IV Encontro Nacional de Teatro D. Roberto reservou-nos uma surpresa das grandes. Eram 7 os marionetistas em Portugal a dar vida ao nosso D. Roberto, portuguesinho de gema mas herdeiro em 1º Grau da Commedia dell’ Arte italiana do século XVI.
Pois este ano foram 8. Temos mais um! Um miúdo, o João Costa, de Lisboa, e só vos digo uma coisa: então não é que ele descobriu o ponto fraco à morte? (ela é muito burra esta morte) … vejam só: morreu DE SUSTO… ai ai… agora é que ela está feita …
Ihihihihihihihihihihihihihihii!!!!!
Fotos de Margarida Sousa Amaral
Parabéns e obrigado Margarida pelo texto….creio que é representativo da boa energia que esteve presente no evento! Esperemos que os Robertos sigam cheios de vida!!!! Abracos!!!